Ciúmes não é romântico.
Não é prova de amor.
Não é charme.
Ciúmes é um sinal de alerta.
É o sintoma de uma mente ferida, de um corpo em defesa, de uma alma com fome de pertencimento.
O ciúmes, na verdade, é um pedido desesperado por segurança.
E esse pedido tem raízes muito mais profundas do que a gente imagina.
🌬️ O lado energético do ciúmes
Energeticamente, o ciúmes nasce do desequilíbrio entre o chakra básico (que trata da nossa segurança) e o plexo solar (que lida com o nosso poder pessoal).
Quando esses centros estão frágeis, a pessoa projeta no outro a própria estabilidade.
“Se você me trocar, eu desabo.”
“Se você olhar para outra, é porque eu não sou suficiente.”
O ciúmes é a energia da fissura no campo, da dependência do externo para manter a estrutura interna.
É controle disfarçado de cuidado.
É invasão energética fantasiada de zelo.
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🧠 Na neurologia e na psique: ciúmes é dor real
O cérebro de uma pessoa tomada pelo ciúmes acende as mesmas áreas da dor física.
A amígdala entra em estado de alerta, como se houvesse uma ameaça real.
O córtex cingulado anterior interpreta a exclusão como dor.
O estriado ventral, que busca recompensa, ativa a sensação de perda.
Ou seja:
O ciúmes não é apenas emocional.
Ele é neuroquímico.
É físico.
É vício.
A psique da pessoa que sente ciúmes excessivos, geralmente carrega feridas narcísicas profundas — feridas que dizem:
“Se o outro me troca, eu deixo de valer.”
E também padrões de apego ansioso, que gritam:
“Se você se afasta, eu desmorono.”
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🌍 Culturalmente: um sentimento ensinado e romantizado
A sociedade ensina que ciúmes é bonito.
Nos filmes, nas músicas, nos relacionamentos tóxicos que viraram padrão.
Mulheres aprendem desde cedo que, se não tiverem ciúmes, é porque “não amam o suficiente”.
Homens crescem ouvindo que “mulher boa é mulher que tem dono”.
Resultado?
Pessoas que confundem controle com amor, vigília com cuidado, posse com conexão.
E o mais perigoso: pessoas que romantizam relações que são verdadeiros cárceres emocionais.
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🌿 Ancestralmente: a herança do medo e da escassez
Muitas mulheres de hoje carregam o ciúmes das suas avós.
Mulheres que não podiam sair de casa sem homem.
Mulheres que eram traídas e silenciadas.
Mulheres que aprendiam que, para sobreviver, era preciso vigiar, controlar, aguentar calada.
O ciúmes pode não ser seu.
Pode ser uma memória ancestral que você está repetindo.
Você sente porque aprendeu que amar é resistir à dor, é lutar por atenção, é vigiar o que é “seu”.
Mas isso é herança.
Não é essência.
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💥 A verdade nua e crua:
Ciúmes não é amor.
É falta.
É insegurança.
É desconexão de si.
E quanto mais você se perde em tentar controlar o outro, mais você se abandona.
A real libertação começa quando você percebe que ninguém te pertence.
Nem seu parceiro.
Nem sua parceira.
Nem você mesma de ontem.
Amor que vale a pena não vigia.
Ele confia, ou se retira.
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