Na beira do mar, Sarah Kali chegou,
Com o manto azul-noite, o silêncio curou.
Filha do vento, mãe da verdade,
Rainha cigana da eternidade.
Tua chama acende meu passo errante,
Teu ouro reluz no meu peito vibrante.
Não sou de jaulas, não sou prisão,
Sou filha do vento e da intuição.
Levo anéis nos dedos, lenço na cabeça,
Com teu nome sagrado, toda dor adormeça.
Tu me guias nos trilhos do que há de ser,
Na roda do tempo, eu deixo acontecer.
Com tuas cores, enfeito o meu chão,
Vermelho é coragem, azul é proteção.
Minha alma dança no compasso da fé,
E a vida se abre onde eu piso o pé.
Me cubro do teu ouro, do teu perfume e poder,
Com Sarah Kali no peito, eu sei renascer.
Sou liberdade, sou fogo, sou canto,
Sou bênção cigana que nunca tem pranto.
Onde tua luz toca, a sombra se vai,
Teu nome é caminho, teu passo é jamais.
Salve, Sarah Kali, rainha do luar,
Teu povo te chama, viemos dançar.