Apego é um grito do corpo dizendo: “eu não acredito que isso é meu”. Parece duro, mas é libertador quando a gente entende. Porque tudo aquilo que a gente agarra com força demais, que nos rouba o sono, que faz a respiração apertar… é porque lá no fundo a nossa fé não alcançou. O corpo ainda não se convenceu de que aquilo já está vindo, que já é realidade.
Seja um amor, um carro, uma casa, um trabalho dos sonhos ou uma viagem que você deseja com todo o coração… quando o apego aparece em excesso, ele não é sinal de amor ou de vontade. Ele é sinal de medo. Medo de não acontecer. Medo de não ter. Medo de não merecer.
Mas fé… fé de verdade traz paz. Quando o seu corpo acredita, quando suas células sabem que aquilo é seu, você não precisa segurar com desespero. É como perder um objeto dentro de casa: você pode até procurar com atenção, mas você não se desespera. Porque você sabe que está ali, em algum lugar. Que uma hora vai aparecer. Porque é seu. Você tem certeza.
É assim com os desejos também. Quando você sente no peito que aquela realidade já te pertence, o apego vai embora. Dá lugar pra leveza. E a leveza é o campo fértil onde tudo floresce. Manifestar é lembrar ao seu corpo que já é, mesmo que os olhos ainda não vejam. É confiar antes de tocar. É não mendigar o que é seu por direito.
Então, antes de correr atrás com pressa, pergunta pro seu corpo: você acredita mesmo que isso já é nosso? Se não acredita, começa por aí. Porque fé é o solo. Sem ela, o apego cresce. Com ela, a vida floresce.
Nenhum comentário:
Postar um comentário