"O amor não acontece onde a mente está rachada"
Você já percebeu que, por mais que você deseje um relacionamento saudável, amoroso e recíproco… é como se houvesse sempre um descompasso? Como se sua cabeça sonhasse com uma coisa, mas o corpo sabotasse, as emoções travassem, e no fim você terminasse de novo num ciclo repetido de dor, confusão ou vazio?
Isso acontece porque seu sistema interno tem suas próprias leis. E não adianta querer viver uma vida afetiva nova com uma mente que ainda está presa às programações antigas.
Nosso cérebro é dividido em dois hemisférios. E esses hemisférios guardam polaridades distintas. De forma bem simples, um lado guarda o que é mais ativo, racional, lógico, o lado do fazer, do proteger, do prover — ou seja, a energia masculina. O outro guarda o sensível, intuitivo, receptivo, o sentir profundo — a energia feminina.
Mas aqui vem o pulo do gato: essas polaridades funcionam de forma cruzada. O que está no seu cérebro esquerdo se manifesta no lado direito do seu corpo. E o que está no seu cérebro direito se manifesta no seu lado esquerdo.
Então, se você guarda mágoas, dores, memórias ruins da sua linhagem masculina — do seu pai, de ex-parceiros, do masculino em geral —, isso vai refletir diretamente no seu lado direito. E vai se manifestar como dificuldade em confiar em homens, atrair parceiros rasos, encontrar masculinidades feridas… e mesmo que o homem seja bom, a sua energia pode rejeitar, boicotar ou se desligar sem motivo aparente.
Por outro lado, se a sua linhagem feminina também vem carregada de dor — mães que se anularam, mulheres que sofreram por amor, que foram traídas, caladas, silenciadas — isso tudo molda a forma como você sente, como você se posiciona, como você se doa. E aí, mais uma vez, você tenta amar com um sistema que não confia no amor.
Seu sonho de viver um amor pleno pode ser verdadeiro. Mas o seu sistema não está ajustado pra isso ainda. Ele está lutando com fantasmas, com informações antigas, com traumas que viraram mapa de navegação.
E é por isso que, às vezes, você sente que o seu próprio corpo não concorda com seus desejos. Você sonha em ser amada, mas seu sistema guarda uma certeza inconsciente de que o amor dói. Você quer intimidade, mas seu corpo fecha, seu emocional endurece, e você se vê, mais uma vez, atraindo relações onde precisa se proteger.
A cura começa quando você para de achar que o problema está nos outros — e começa a olhar com coragem pra como suas duas metades internas se relacionam.
Seu masculino interno tem que se apaixonar pela sua energia feminina. Isso significa que o lado que pensa, planeja e age dentro de você precisa honrar o seu lado que sente, que precisa de acolhimento, que é vulnerável. E o contrário também: sua energia feminina precisa confiar no seu masculino interno, confiar que ele sabe te proteger, te posicionar, colocar limites e segurar as pontas.
Quando esses dois lados voltam a se amar dentro de você, o que vem de fora só reflete essa união.
Porque ninguém atrai o que quer. A gente atrai o que é.
Então, se você quer viver um amor de verdade, comece remodelando a forma como sua mente lida com amor. Comece curando as referências que você tem de homem e de mulher dentro de você.
Você é o templo. E o que chega de fora só entra com permissão da sua própria vibração.
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