Tem muita gente por aí falando de “despertar espiritual” como se fosse moda. Como se fosse sobre enxergar o outro plano, ver espírito, canalizar energia, falar com guias. Mas despertar não é sobre o outro. Não é sobre plano nenhum. É sobre você com você.
Você pode estudar todos os mestres do mundo, repetir todos os mantras, usar todas as pedras. Mas se não tiver coragem de olhar pra dentro e reconhecer a bagunça que tá aí, você não despertou. Tá só enfeitando o sono.
O despertar real não é bonito. Ele destrói. Ele bagunça. Ele tira sua máscara, expõe seu ego, esfrega na sua cara todos os seus vícios, hábitos ruins, pensamentos tóxicos que você finge que não tem. E aí? Aí é você com você. Não tem guru, não tem curso, não tem ritual que faça esse trabalho por você.
O ego, esse serzinho mimado de dois anos que comanda sua vida com manhas e birras, precisa ser colocado no lugar. Porque o despertar só começa de verdade quando o ego passa a servir à essência — e não o contrário.
E a essência não grita. Ela sussurra. Ela mostra sua força no silêncio, na calma, na coerência. E pra ouvi-la, você vai ter que calar o barulho interno, o medo, a comparação, o vitimismo.
Despertar é se lembrar de quem você é. De que você tem uma função aqui. De que você não veio a passeio. Você veio pra ser ferramenta de consciência num mundo entorpecido.
Então antes de falar em “mudar o planeta”, muda a si mesmo. Desperte a coragem de se corrigir. De abandonar o personagem. De olhar no espelho e finalmente reconhecer a força que tava adormecida em você.
O despertar é isso: não um fim místico, mas o início real da sua presença no mundo.
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