Religião é uma ferramenta do divino.


Religião: a ferramenta esquecida do divino

A religiosidade, em sua essência mais pura, nunca foi sobre controle. Foi sempre sobre conexão. Cada religião, em suas doutrinas e caminhos, guarda um segredo, uma técnica, um portal. Seja o canto, a fala, o jejum, a oração ou a meditação — todas oferecem ferramentas concretas para nos reconectar com o que é sagrado em nós.

Mesmo as religiões que se tornaram corrompidas pelo tempo, por homens sedentos de poder e controle, ainda carregam dentro de si fragmentos do divino. O erro não está na estrutura espiritual, mas no uso que se faz dela. Uma faca pode fatiar o pão ou ferir alguém — tudo depende das mãos que a seguram.

No cristianismo, por exemplo, o sinal da cruz é muito mais do que um gesto ritual repetido por tradição. Ele é uma ativação energética ancestral, anterior ao próprio cristianismo — já utilizada no Egito Antigo. Quando levamos a mão à testa, tocamos o chacra frontal, ativando nossa intuição e visão espiritual. Ao levarmos ao peito, acessamos o chacra cardíaco, o centro do amor e da verdade. Quando seguimos para o ombro esquerdo, tocamos o lado Yin, feminino, receptivo; ao ombro direito, ativamos o Yang, o masculino, a força de ação. E ao levarmos a mão à boca — ou ao centro da garganta — estamos ativando o chacra laríngeo, a voz, a expressão, o verbo criador. Ou seja, estamos literalmente conectando centros de poder dentro de nós. Estamos nos alinhando com o céu e a terra, com o invisível e o manifesto.

Assim como os mantras no hinduísmo, os toques dos tambores nas religiões afro-brasileiras, o silêncio profundo do budismo ou os cânticos do islã — todas essas práticas são formas de alterar nosso estado de consciência e acessar a nossa centelha divina.

As religiões foram deixadas como ferramentas de ascensão. Se bem usadas, com inteligência espiritual e intenção refinada, elas não apenas nos curam — elas nos refinam. Elevam a alma. Nos colocam no trono interno do nosso próprio templo. Mas se mal usadas, se entregues a homens sem fé, elas viram armas. Armas de dominação. Usadas para escravizar mentes, culpar corpos, amputar desejos. E pior: para vampirizar a energia vital de rebanhos inteiros, sob o nome de salvação.

A Bíblia — esse livro que moldou civilizações — não é apenas um livro de regras. É um código. Um mapa de arquétipos, leis universais e fórmulas de prosperidade. Quando lida com olhos despertos, ela não te aprisiona. Ela te arma. Ela te dá chave para construir reinos, inclusive os de ouro, dentro e fora de você.

É hora de resgatar o poder das religiões como elas foram criadas para ser: ferramentas. E toda ferramenta só é tão poderosa quanto a consciência que a utiliza.

A religião nunca foi o fim. Sempre foi o meio.
O altar é você.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você é um codependente emocional? (30 perguntas)

💔 1. Identidade e Autoestima 1. Eu me sinto vazia ou perdida quando estou sozinha? 2. Tenho dificuldade de saber quem sou fora ...

As 3 mais lidas