A vitimização é uma armadilha silenciosa que muitas pessoas enfrentam, frequentemente originada de uma maneira de ver o mundo como uma criança.
Quando alguém se coloca na posição de vítima, está, de certa forma, se vendo como alguém que não tem responsabilidades, onde o mundo externo governa suas ações e emoções. Essa mentalidade pode minar a autoestima e a confiança, levando a um ciclo de frustração e desânimo.
Quando se adota essa postura, há um risco de permanecer estagnado, como se ainda estivesse em uma fase onde as responsabilidades são limitadas e as ações são controladas pelo ambiente ao redor.
No entanto, é essencial compreender que todos têm o poder de mudar sua realidade.
Assumir a responsabilidade pessoal não significa se culpar pelos desafios, mas sim reconhecer que, apesar das adversidades, cada pessoa tem a capacidade de fazer escolhas que impactam seu caminho.
A verdadeira transformação começa quando se decide parar de esperar que algo ou alguém venha resgatar. Quando deixamos de esperar que o tempo, o parceiro, o trabalho ideal ou o acaso resolvam por nós, abrimos espaço para algo muito mais potente: o protagonismo.
Assumir o papel de protagonista é sair do lugar de criança emocional e entrar na maturidade energética. É olhar para a própria vida com coragem e dizer: “Isso aqui é meu. Eu criei, consciente ou inconscientemente. E se eu criei, eu posso mudar.”
Essa mudança de postura traz não apenas mais autoestima, mas também mais paz. Porque, por mais desafiador que seja aceitar a responsabilidade, ela vem acompanhada de liberdade. A liberdade de escolher diferente. A liberdade de sair de ciclos repetitivos. A liberdade de honrar a si mesma com escolhas que sustentem quem você deseja ser — não quem você aprendeu a ser para sobreviver.
E não se engane: assumir essa posição não é um ato frio ou rígido. É um ato de profundo amor-próprio. É um abraço na sua história e, ao mesmo tempo, um rompimento com o que não serve mais. É o momento em que a adulta em você segura a mão da criança ferida e diz: “Agora eu cuido. Agora sou eu quem decide. Eu resolvo!”
Esse cuidado é firme. Amoroso. E real.
Quando você começa a se responsabilizar de verdade, o mundo se reorganiza. As relações mudam. Os resultados mudam. A vibração muda. Porque você para de funcionar no padrão de escassez, de abandono, de impotência — e começa a agir a partir de um lugar inteiro, forte, consciente.
E isso é o começo da verdadeira liberdade.
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