A mulher não foi feita para a CLT. Parece forte dizer assim, mas é a verdade que a gente sente no corpo e na alma. O modelo de trabalho tradicional, com horas fixas, metas rígidas e pouca flexibilidade, foi criado pensando num ritmo masculino — linear, constante, sem pausas. Mas o corpo da mulher é cíclico, feito para pulsar em ondas de energia, emoções e transformações ao longo de um mês.
O choro que a gente vive, especialmente na TPM, não é fraqueza. É uma liberação poderosa de cargas que foram reprimidas. São emoções guardadas, tensões acumuladas, padrões impostos pelo mundo e por nós mesmas. Chorar é um ato de coragem, de entrega e de cura.
Durante os cerca de vinte e oito dias do ciclo menstrual, o corpo da mulher passa por fases de alta energia, criatividade e força, mas também por momentos de recolhimento, sensibilidade e instabilidade emocional. Esse ritmo natural merece ser respeitado. É no espaço que o corpo cria para descansar, sentir e se reconectar que a mulher encontra sua potência verdadeira.
Quando a mulher tenta se encaixar numa rotina fixa, ela se desconecta do seu próprio ritmo, e isso pode gerar sofrimento, exaustão e perda de sentido. Ao contrário do que parece, ser produtiva não significa estar ativa o tempo todo. Ser produtiva no ritmo do corpo significa reconhecer seus picos de energia e aproveitar ao máximo, mas também aceitar as pausas necessárias para renovar-se.
Mulheres que vivem respeitando seu ciclo podem ser muito mais criativas, focadas e realizadas do que aquelas que se forçam a seguir um padrão que não lhes serve. O mundo precisa urgentemente acolher essa sabedoria natural, e o trabalho precisa se adaptar para que a mulher possa florescer do jeito dela — com todos os seus altos e baixos.
Respeite seu ciclo, honre seu corpo, permita-se sentir e descansar. Sua produção mais potente está justamente nessa conexão profunda com quem você é.
Quer que eu deixe esse texto mais longo ou assim já te serve?
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