Mediunidade: a verdade energética por trás da percepção aumentada


Por muito tempo, mediunidade foi associada diretamente a questões espirituais: guias, entidades, incorporações, fenômenos que nos conectam ao “além”. Mas e se a mediunidade não for exatamente sobre o mundo dos espíritos? E se ela for, na verdade, uma capacidade energética e humana de perceber o todo com mais clareza? Uma sensibilidade que não pertence apenas aos médiuns, mas a todos que se abrem para sentir com mais consciência?

O médium é, por definição, aquele que está no meio. Entre mundos, entre dimensões, entre frequências. Mas talvez o verdadeiro meio seja o centro da nossa consciência, quando ela se expande. Quando os nossos canais perceptivos, físicos e energéticos, se afinam ao ponto de perceber realidades que antes passavam despercebidas. Não porque vieram de fora, mas porque agora somos capazes de notá-las dentro e ao redor de nós.

Essa percepção aumentada não é um dom místico reservado a poucos. Ela é parte da nossa natureza humana, que foi sendo adormecida ao longo do tempo. A sociedade nos ensinou a duvidar do que sentimos, a filtrar demais, a racionalizar tudo. Mas a percepção energética, quando se abre, rompe essa lógica. Ela nos permite ouvir o que não foi dito, sentir o que não foi revelado, e perceber o campo vibracional de cada pessoa, ambiente e situação.

Isso pode ser lindo, transformador. Mas também pode ser desconfortável. Porque quando você percebe demais, você sente demais. E nem sempre é fácil carregar a densidade dos outros dentro do próprio corpo. É como se cada conversa, cada olhar, cada encontro, deixasse um rastro energético. Às vezes leve, às vezes pesado. E isso exige de quem percebe um esforço constante de presença, consciência e, muitas vezes, afastamento.

Não se trata de arrogância ou julgamento. Trata-se de sintonia. Quando alguém vibra em medo, guerra, disputa, e você está em busca de paz, essa desconexão dói. E por mais que exista amor, carinho ou história, o corpo da pessoa sensível muitas vezes não aguenta permanecer ali. O afastamento se torna uma escolha pela preservação energética. Um ato de amor próprio.

É importante entender que isso não se cura com explicação. Não adianta tentar racionalizar o que é vibracional. Quando a percepção se abre, o corpo vira um radar. Ele sente antes mesmo que a mente entenda. E por isso, cada relação, cada presença, precisa ser escolhida com cuidado.

A mediunidade, então, pode ser ressignificada. Não como um canal exclusivo para o mundo espiritual, mas como uma inteligência energética integrada ao ser. Um ponto de encontro entre o corpo físico, o campo emocional e o eu superior. É quando deixamos de buscar sinais fora, e começamos a perceber que tudo já está acontecendo dentro.

Essa é a nova consciência que está emergindo. Uma percepção que não separa espiritualidade de humanidade. Que entende que tudo é energia. Que não vê o “médium” como um ser especial, mas como alguém que ousou abrir o que é natural. Que teve coragem de sentir mais fundo, mesmo quando isso custa conforto e relações antigas.

Desmistificar a mediunidade é devolver à humanidade o que é dela por direito: a capacidade de perceber com verdade, com presença, com clareza. E isso não depende de religião, doutrina ou crença. Depende apenas da sua disposição em se manter desperto, mesmo quando o mundo pede que você durma.

A percepção é o começo de tudo. E quem sente com profundidade, transforma tudo ao redor sem precisar dizer uma palavra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você é um codependente emocional? (30 perguntas)

💔 1. Identidade e Autoestima 1. Eu me sinto vazia ou perdida quando estou sozinha? 2. Tenho dificuldade de saber quem sou fora ...

As 3 mais lidas